domingo, 17 de abril de 2016


NOSSA RESPONSABILIDADE PERANTE A VIDA

Relendo o maravilhoso e instrutivo livro Libertação, de André Luiz, psicografado pelas mãos santas de Francisco Cândido Xavier, encontrei, entre milhares de ensinamento de cunho espiritual superior, um conselho de uma mãe amorosa à filha encarnada. Trata-se do diálogo de Matilde e Margarida, quando esta estava liberta provisoriamente do corpo por meio do sono físico. Nesse diálogo, fica muito latente a nossa responsabilidade quanto à reencarnação. Nesse momento de profundo ensinamento, Matilde chama a atenção da filha para os cuidados que devemos ter, quanto  nossa atitude perante a vida. Vejamos o diálogo:

“Não suponhas que te visito pelo simples prazer de consolar-te, o que seria, talvez, induzir-te ao caminho da despreocupação irresponsável que nunca nos dirige à verdadeira paz. A finalidade divina há de ser, em tudo, a alma de nossa ação. O lavrador que amanha o solo e o socorre com irrigação confortadora, algo espera da sementeira que lhe reclama o esforço diário. O amparo do Alto, direto ou indireto, reservado ou ostensivo, não é apenas mera exibição de poder celestial. Os moradores dos círculos mais elevados não se arriscariam a descer, sem objetivos de ordem superior, ao domicílio da mente encarnada, assim como os artistas da inteligência não se animariam a movimentar espetáculos de cultura intelectual, sem fins educativos, junto aos irmãos de raciocínios e sentimentos ainda rudimentares ou inferiores. O tempo é valioso, minha filha, e não podemos menoscabá-lo, sem grave prejuízo para nós mesmos.” ( Espírito  Matilde – Livro Libertação – André Luiz/Francisco Cândido Xavier, página 244 – 18ª edição FEB – Brasília – DF)


Pensado nas sábias palavras de Matilde, forçosamente somos levados a uma reflexão mais acurada relativa a nossa reencarnação. Quando ela diz que a visita dela não se prendia simplesmente ao prazer de consolar a filha compreendemos, por extensão, que durante nossa reencarnação devemos despender todas as nossas forças e desejos na retidão de nosso caráter e na ação contínua de renovação íntima, quebrando os grilhões do orgulho e da vaidade que nos empurram para o pântano dos vícios e dos prazeres fáceis. Alerta, também, para o caráter divino da reencarnação e deixa claro que os espíritos superiores nos amparam sempre, mas não resolvem nossos problemas, porque essa é a parte que nos cabe nesse longo caminho de retorno à casa paterna.

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