NOSSA RESPONSABILIDADE PERANTE A VIDA
Relendo o maravilhoso
e instrutivo livro Libertação, de André Luiz, psicografado pelas mãos santas de
Francisco Cândido Xavier, encontrei, entre milhares de ensinamento de cunho
espiritual superior, um conselho de uma mãe amorosa à filha encarnada. Trata-se
do diálogo de Matilde e Margarida, quando esta estava liberta provisoriamente
do corpo por meio do sono físico. Nesse diálogo, fica muito latente a nossa
responsabilidade quanto à reencarnação. Nesse momento de profundo ensinamento,
Matilde chama a atenção da filha para os cuidados que devemos ter, quanto nossa atitude perante a vida. Vejamos o
diálogo:
“Não
suponhas que te visito pelo simples prazer de consolar-te, o que seria, talvez,
induzir-te ao caminho da despreocupação irresponsável que nunca nos dirige à
verdadeira paz. A finalidade divina há de ser, em tudo, a alma de nossa ação. O
lavrador que amanha o solo e o socorre com irrigação confortadora, algo espera
da sementeira que lhe reclama o esforço diário. O amparo do Alto, direto ou
indireto, reservado ou ostensivo, não é apenas mera exibição de poder
celestial. Os moradores dos círculos mais elevados não se arriscariam a descer,
sem objetivos de ordem superior, ao domicílio da mente encarnada, assim como os
artistas da inteligência não se animariam a movimentar espetáculos de cultura
intelectual, sem fins educativos, junto aos irmãos de raciocínios e sentimentos
ainda rudimentares ou inferiores. O tempo é valioso, minha filha, e não podemos
menoscabá-lo, sem grave prejuízo para nós mesmos.” ( Espírito Matilde – Livro Libertação – André
Luiz/Francisco Cândido Xavier, página 244 – 18ª edição FEB – Brasília – DF)
Pensado nas sábias
palavras de Matilde, forçosamente somos levados a uma reflexão mais acurada
relativa a nossa reencarnação. Quando ela diz que a visita dela não se prendia
simplesmente ao prazer de consolar a filha compreendemos, por extensão, que
durante nossa reencarnação devemos despender todas as nossas forças e desejos na
retidão de nosso caráter e na ação contínua de renovação íntima, quebrando os
grilhões do orgulho e da vaidade que nos empurram para o pântano dos vícios e
dos prazeres fáceis. Alerta, também, para o caráter divino da reencarnação e
deixa claro que os espíritos superiores nos amparam sempre, mas não resolvem
nossos problemas, porque essa é a parte que nos cabe nesse longo caminho de
retorno à casa paterna.
Nenhum comentário:
Postar um comentário