ESTUDANDO O CRISTIANISMO - A PROMESSA
DO CRISTO
Texto: Abel Silva
Orientação: Ivanir
Severino da Silva
No intuito de nortear nossos estudos,
somos impelidos a dois questionamentos sobre a vinda do Cristo. Por que Jesus
encarnou na terra, se não tinha mais necessidade dessa encarnação? E por que
foi escolhido o povo Hebreu para recebê-lo? Encontramos estas duas respostas no
livro “A caminho da Luz”, onde o Espírito Emmanuel relata que nos mapas
zodiacais da Terra foi registrada a existência de uma grande estrela na
constelação do cocheiro e que foi denominada de Cabra ou Capela. A distância
dessa estrela em relação a terra está na proporção de 42 anos luz, se
considerarmos que a velocidade da luz é de 300.000 km por segundo.
Quase todos os mundos dependentes daquele orbe já haviam se purificado física e
moralmente. Não obstante, num planeta deste sistema, que guarda uma grande
semelhança com o globo terrestre, “[...] existiam alguns milhões de espíritos
rebeldes, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas
conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes”. (Emmanuel, 1998:34).
Como a maioria dos Espíritos daquele orbe já tinha atingido uma situação de
melhora moral, não era justo que aquela pequena parcela de entidades, que se
tornara pertinazes no crime, prejudicasse a evolução daqueles que seguiam a
trajetória da Luz, rumo ao Pai Eterno. Foi assim que reunidas, as comunidades
espirituais, diretoras do Cosmos, numa ação de saneamento geral, os alijaram
daquela comunidade, localizando-os aqui na Terra longínqua “[...] onde
aprenderiam, na dor e nos trabalhos penosos, as grandes conquistas do coração e
impulsionando simultaneamente, o progresso de seus irmãos inferiores.” (Emmanuel,
1998:35).
Mas quando e como isso ocorreu? Em
qual estágio evolutivo se encontrava a terra e a partir de que momento estes
espíritos puderam reencarnar em nosso orbe? Na tentativa de respondermos estas
perguntas, recorremos a informações contidas nos livros “A Gênese” de Allan
Kardec e novamente no “A caminho da Luz” de Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, vejamos o que eles dizem.
Kardec ( 1992:167), na Gênese, afirma
a não existência do homem, nem no período primário, nem do de transição, nem no
secundário, não só porque nenhum traço dele se descobriu, como também porque
não havia para ele condições de vitalidade, uma vez que os terrenos não
cobertos por água eram pouco extensos e eram pantanosos e com frequência,
ficavam submersos. Razão porque só havia animais aquáticos ou anfíbios.
Mesmo no período Terciário, a existência do
homem só poderia ter acontecido no seu final e mesmo assim, sua existência não
teria grandes chances de progressão, porque em seguida, se deu o período
diluviano.
[...] Este período teve a
assinalá-lo um dos maiores cataclismos que revolveram o globo, cuja superfície
ele mudou mais uma vez de aspecto, destruindo uma imensidade de espécies vivas,
das quais apenas restam despojos. As águas, violentamente arremessadas fora dos
respectivos leitos, invadiram os continentes, arrastando consigo as terras e os
rochedos, desnudando as montanhas, desarraigando as florestas seculares. (Kardec:1992:164).
[...] Foi também por essa
época que os polos começaram a cobrir-se de gelo e que se formaram as geleiras
das montanhas, o que indica notável mudança na temperatura da terra, mudança
que deve ter sido súbita, porquanto, se se houvesse operado gradualmente, os
animais, como os elefantes, que hoje só vivem nos climas quentes e que são
encontrados em tão grande número no estado fóssil nas terras polares, teriam
tido tempo de retirar-se pouco a pouco para as regiões mais temperadas. Tudo
denota, ao contrário, que eles provavelmente foram colhidos de surpresa por um
grande frio e sitiado pelos gelos. Esse foi, pois, o verdadeiro dilúvio
universal. (Kardec: 1992:164-165).
[...] Estabelecido o equilíbrio na superfície do planeta,
prontamente a vida vegetal e animal retomou o seu curso. Consolidado, o solo
assumiu uma colocação mais estável; o ar, purificado, se tornara apropriado a
órgãos mais delicados. O sol, brilhando em todo seu esplendor, através da
atmosfera límpida, difundia, com a luz, um calor menos sufocante e mais
vivificador do que o da fornalha interna. A terra se povoava de animais menos
ferozes e mais sociáveis; mais suculentos, os vegetais proporcionavam
alimentação menos grosseira; tudo, enfim, se achava preparado no planeta para o
novo hóspede que o viria habitar. Apareceu, então, o homem, último ser da
criação, aquele cuja inteligência concorreria, dali em diante, para o progresso
geral, progredindo ele próprio. (Kardec: 1992:166).
Emmanuel ratifica essa
informação quando diz que “[...] no período terciário, sob a orientação das
esferas espirituais notavam-se algumas raças de antropóides1 inferior”. (Emmanuel, 1998:30) e que
[...] esses antropóides, antepassados
do homem terrestre, e os ascendentes dos símios que ainda existem no mundo..., viviam
inicialmente sobre as árvores e, posteriormente, em cavernas, graças ao domínio
do fogo, ..espalharam-se, depois, aos grupos, pela superfície do globo, no
curso vagaroso dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando as bases
das raças futuras em seus tipos diversificados - daí os parentescos sorológicos
entre o organismo do homem moderno e do chimpanzé da atualidade. A realidade,
porém, é que as entidades espirituais auxiliaram o homem do sílex,
imprimindo-lhes novas expressões biológicas. Extraordinárias experiências foram
realizadas pelos mensageiros do invisível. As pesquisas recentes da ciência
sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie bestializado, e
outras descobertas interessantes da Peleontologia, quando o homem fóssil, são
um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos de Jesus,
até fixarem no “primata” os característicos aproximados do homem futuro.
(Emmanuel, 1998:31)
1
grupo de
símios que compreende os chimpanzés, os gorilas e os orangotangos. São
desprovidos de caldas e o ocasionalmente bípedes),
no Plioceno(relativa
à época: época pliocena: aquela em que surgem os primeiros homínidas; no
período Quartenário)
“Os
séculos correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessas
criaturas de braços alongados e de pelos densos, até que um dia, as hostes do
invisível operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual
pré-existente dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos
intervalos de suas reencarnações.” (Emmanuel, 1998:31-32)
Então, “Surgem os primeiros
selvagens de compleição melhorada tendendo à elegância dos tempos do provir.” (Emmanuel,1998:32).
Uma
grande transformação ocorreu na estrutura física e espiritual dos antepassados
das raças humanas. “Apareceu, então, o homem Sapiens, último ser da criação,
aquele cuja inteligência concorreria, dali em diante, para o progresso geral,
progredindo ele próprio”. Este homem, formado por Deus, passou a habitar a
Terra.
Após
todo esse processo, a terra estava preparada para receber colaboradores de
outro orbe, como aqueles espíritos rebeldes de Capela, que “aprenderiam a
realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas
do coração e impulsionar, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos
inferiores” (Emmanuel,1998:35), que há milênios já habitavam a Terra. Homens esses, sem conhecimentos, em estado
bruto, formados pelos mesmos elementos químicos da Terra.
Foi
assim que Jesus recebeu à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba
de seres sofredores e infelizes. Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou
essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos
deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas.
Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra,
envolvendo-as no halo bendito de sua misericórdia e da sua caridade sem
limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os
sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a
sua vinda no porvir. (Emmanuel,1998:35)
Assim, [...]
Aquelas almas aflitas e atormentadas reencarnaram, proporcionalmente, nas
regiões mais importantes, onde se haviam localizado as tribos e famílias
primitivas, descendentes dos “primatas” e com o transcurso dos anos,
reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais
antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e linguísticas que os associavam
na constelação do Cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do Tempo, formaram
desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as
castas da Índia. (Emmanuel, 1998:36-38.
As quatro
grandes massas de degredados formaram os pródromos de toda a organização das
civilizações futuras, introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça
amarela e da raça negra, que já existiam. (Emmanuel,1998:38).
Emmanuel nos esclarece, ainda, que
Deus fez encarnar seus espíritos, primeiramente, no vale do Ganges (50 mil a.
C), formando a civilização dos Vedas (Hindu). Era
nessa região, onde hoje é a Índia, que se reuniram os arianos puros,
descendentes dos Hindus, que mais tarde floresceram na Europa. O povo hindu cultivava as lendas
do mundo perdido, e colocava nelas, as fontes de sua nobre origem.
As
organizações hindus são de origem anterior à própria civilização egípcia e
antecederam de muito os agrupamentos Israelitas, de onde saíram mais tarde
personalidades notáveis, como Abraão e Moisés. (Emmanuel,1998:49).
As almas exiladas naquela parte do
Oriente muito haviam recebido da misericórdia do Cristo, de cuja palavra de
amor e de cuja filosofia luminosa guardaram as mais comovedoras recordações,
traduzidas na beleza dos Vedas e dos Upanishads. Foram elas as primeiras vozes
da filosofia e da religião no mundo terrestre, como provindo de uma raça de
profetas, de mestres e iniciados, em cujas tradições iam beber a verdade os
homens e os povos do provir, salientando-se que também as suas escolas de
pensamento guardavam os mistérios iniciáticos, com as mais sagradas tradições
de respeito. (Emmanuel,1998:49-50).
Da região sagrada do Ganges partiram
todos os elementos irresignados com a situação humilhante que o degredo da
terra lhes inflingia. As arriscadas aventuras forneceriam uma noção de vida
nova e aqueles seres revoltados supunham encontrar o esquecimento de sua posição
nas paisagens renovadas dos caminhos; lá ficaram, apenas, as almas resignadas e
crentes nos poderes espirituais que as conduziriam de novo as magnificências
dos seus paraísos perdidos e distantes. (Emmanuel,1998: 51-52)
Todas essas informações encontram
respaldo no capítulo 2, versículos de 05 a 09 e de 15 a 19, da Gênese Mosaica.
Vejamos:
No versículo 5 está registrado o
seguinte:
“Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois ainda
nenhuma erva do campo havia brotado: porque o Senhor Deus não fizera chover
sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo.” Para apreendermos melhor a afirmação,
achamos por bem dividir este versículo em duas partes. Na primeira parte quando
o autor diz
“Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois ainda
nenhuma erva do campo havia brotado: porque o Senhor Deus não fizera chover
sobre a terra.”, lemos como sendo aquela em que a terra
ainda não estava preparada para receber o homem primitivo, pois sendo ele
primitivo, faltavam-lhe os conhecimentos básicos para sua sobrevivência e sua
subsistência só poderia advir dos frutos produzidos pela terra, e se a terra
não podia lhe dar estes alimentos, como, então, ele poderia existir? A parte
seguinte do versículo parece corroborar com nosso pensamento – “e
também não havia homem para lavrar o solo “ se
a terra ainda não estava preparada para receber nem o primitivo, que viveria do
que o solo lhe desse, como receber outros seres com conhecimentos para lavrar a
terra, pois, supõe-se que quem está preparado para lavrar já lavrou algum dia.
Para que existam plantas e as ervas
nasçam e cresçam e gerem frutos e os frutos alimentem, eram necessárias
condições básicas e essas condições foram dadas; as chuvas torrenciais
acabaram, a luz do sol brotou entre as nuvens e
“uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo (versículo 6).” O solo agora era fértil, a terra estava
preparada,
“Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe
sobrou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (versículo
7).” Dividamos, também, este versículo em
duas partes. A primeira parte, “Então formou o Senhor Deus ao homem do
pó da terra”, seguindo
nossa linha de raciocínio, compreendemos que este homem formado por Deus é o
homem primitivo – raças negras e amarelas -, criado para habitar a terra. O
homem sem conhecimento, o homem em estado bruto. Pesquisas confirmam que o
homem é formado, basicamente, dos mesmos elementos da formação da terra, por
isso a afirmação do criador da Gênese.
A segunda parte do versículo
“e lhe sobrou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”
A este homem primitivo, Deus deu a
vida, fazendo-o despertar do sono e ele se tornou alma vivente – segundo a
Doutrina Espírita, alma é o espírito encarnado.
Com relação ao versículo 8 “E
plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs nele o
homem que havia formado.”
“vários estudos têm sido feitos na
tentativa de compreender e localizar este jardim de delícias. Portanto, este
não é o objeto de nossa pesquisa, pelo menos, neste momento. Uma coisa é certa,
este jardim foi plantado, ou seja, foi criado da banda do Oriente. Um local
ameno, de delícias e propício para o homem recém-criado ter como sobrevier, sem
muitos esforços, já que ele não tinha conhecimento de técnicas de produção, nem
como produzir nada para seu sustento, portanto, era necessário que a natureza
desse a este homem primitivo os alimentos básicos para sua sobrevivência. Veja
a comprovação na primeira parte do versículo 9 “Do solo fez o
Senhor Deus brotar toda a sorte de árvores agradável à vista e boa para
alimento;”
A outra parte do versículo diz que Deus
fez brotar “também a árvore da vida no meio do
jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal,” Entendemos ser esta árvore os exilados
da Capela, pois para que houvesse progresso, mister seria colocar no meio daquelas raças primitivas a força do
entendimento para que se fizesse valer o livre arbítrio e assim pudessem
escolher, por conta própria, o caminho que deveriam seguir, pois se assim não
fosse, porque Deus teria nos criado
simples e ignorante? Veja como faz sentido esta análise ao chegarmos ao
versículo 15
“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o
cultivar e o guardar.” Aqui fica claramente manifestada a ideia
de o homem que Deus colocou no jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo não
poderia ser o homem primitivo, mas o homem resultante da união das raças, ou
seja, a reencarnação dos espíritos Capelinos nos corpos dos da raça primitiva,
pois para cultivar e guardar, somente podia fazê-lo quem tinha condições para
isso e não seria o primitivo a realizar esta tarefa.
Nos versículos 16 e 17 encontramos a ordenança
de Deus para o homem – “ E ordenou o Eterno Deus ao homem dizendo: De toda árvore
do jardim podes comer, 17 e da árvore do conhecimento, do bem e do mal, não
comerás dela; porque no dia em que comeres dela, morrerás.” Nesta ordenança, identificamos, mais
uma vez, o princípio do livre-arbítrio, pois enquanto somos ignorantes,
enquanto não temos a noção do bem e do mal, vivemos em paz com nossa
consciência e em harmonia com a natureza, comendo dos seus frutos e vivendo de
conformidade com a sua lei. Quando, porém, nos é facultado o conhecimento, adquirimos
a possibilidade do discernimento e aí optamos pelo bem ou pelo mal e ao
escolhermos o mal, forçosamente seremos, em algum momento, impelidos a quitar
este débito que contraímos com nossos semelhantes.
O versículo 18: “E disse o Eterno Deus: não é bom que esteja o homem só;
far-lhe-ei uma companheira frente a ele.” É o momento da procriação e da
miscigenação das raças, simbolizado na figura da companheira, da mulher e o 19 – “E formou o
Eterno Deus, da terra, todo o animal do campo e toda a ave dos céus, e trouxe
ao homem para ver como os chamaria; e tudo o que chamaria o homem à alma viva,
esse seria seu nome.” Acreditamos
que este versículo ratifica o que até agora expomos, pois só podemos nomear
algo que conhecemos.
Outro registro importante que demonstra
a presença dessa plêiade de Capelinos no seio das raças negra e amarela, são os
versículos 16 a
24, capítulo 11, da carta do Apóstolo Paulo aos romanos.
[...]
E, se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade e
se for santa a raiz, também os ramos o serão. Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava,
foste enxertado em meio deles, e te tornaste participante da raiz e da seiva da
oliveira, não te glories contra os ramos; porém se te gloriares, sabe que não
és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás, pois: alguns ramos foram
quebrados, para que eu fosse enxertado. Bem! Pela sua incredulidade foram
quebrados; tu, porém, mediante a fé estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme.
Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará.
Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para os que caíram,
severidade; mas para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra
sorte também tu serás cortado. Eles também, se não permanecerem na
incredulidade, serão enxertados; pois Deus é poderoso para os enxertar de
novo. Pois se foste cortado da que, por
natureza, era oliveira brava, e contra a natureza enxertado em boa oliveira,
quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira aquele que são ramos
naturais!
Justificamos com estes relatos que
Jesus só encarnou em nosso orbe para cumprir a promessa feita àquela saga dos
Capelinos, quando os recebeu para cumprirem uma nova experiência meio aos
espíritos primitivos da terra recém-criada. “[...] Abençoou-lhes as lágrimas
santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e
prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir.”
(Emmanuel,1998:35).
Com relação à segunda pergunta relativa
à encarnação de Jesus no reino de Israel, Emmanuel (1998:70) fala-nos do “[...]
porque da sua preferência pela árvore de Davi, para levar a efeito as suas
divinas lições à humanidade;” e afirma “que a própria lógica nos faz reconhecer
que, de todos os povos de então, sendo Israel o mais crente, era também o mais
necessitado, dada a sua vaidade exclusivista e pretensiosa. “Muito se pedirá de
quem muito haja recebido”, e os israelitas haviam conquistado muito, do alto,
em matéria de fé, sendo justo que se lhes exigisse um grau correspondente de
compreensão, em matéria de humildade e de amor”. Ele lembra-nos, ainda,
(Emmanuel, 1998:65), “que dos espíritos degredados para a Terra,
foram os hebreus que constituíram a raça mais forte, mantendo–se inalterados os
seus caracteres através de todas as mutações.” E “.Todas as raças da Terra
devem aos Judeus esse benefício sagrado, que consiste na revelação do Deus
único, Pai de todas as criaturas e providência de todos os seres.” (Emmanuel,
1998:68-69).